Todo dia novas tecnologias chegam ao mercado prometendo melhor desempenho, mais rapidez ou mesmo um design diferenciado. Às vezes, são soluções inovadoras, outras buscam dar um upgrade e melhorar aquilo que já existe. Este é o caso dos SSDs no setor de armazenamento de dados.
O que é SSD?
O SSD é uma tecnologia de armazenamento de dados considerada a evolução dos HDs por oferecer uma melhor performance. O SSD (Solid State Drive) se diferencia principalmente por não possuir partes móveis em sua estrutura interna, como as peças mecânicas e os discos rotativos existentes nos HDs. Isto é de extrema importância, pois não havendo nenhum componente se movimentando internamente, eliminam-se as possíveis falhas mecânicas.
Os SSDs mais comuns possuem dois componentes principais, a memória flash e o controlador. A memória flash é responsável por armazenar todos os arquivos e dados. Enquanto o controlador administra a troca de dados entre o computador e a memória flash. O controlador é o grande responsável pela performance do SSD. Ele é o encarregado de criptografar as informações, procurar por partes defeituosas e garantir uma vida útil maior à memória flash. A memória flash, por sua vez, torna as operações de leitura e escrita mais rápidas já que opera eletricamente. Além disso, traz ao drive maior resistência a vibrações e quedas.
Vantagens
Já mencionamos anteriormente algumas importantes vantagens do SSD, mas elas não acabam por aí.
O mais impressionante nos SSDs com certeza é a sua velocidade. Apesar da taxa de transferência dos SSDs superarem a de um disco rígido, que trabalha entre 60MB/s e 100MB/s, o ponto de destaque mesmo é a sua velocidade para abertura de arquivos. Enquanto um HD demora cerca de 10 milissegundos para completar a ação, os SSDs fazem a mesma tarefa em 0,1 milissegundos.
Outro ponto interessante se dá devido a sua estrutura interna. Como já mencionado, o SSD não possui internamente os pratos magnéticos girando em alta velocidade, como é o caso do HD. Com isso, além dos SSDs não produzirem ruído, o seu nível de calor gerado também é bem menor.
Outra vantagem dos SSDs é que estão cada vez mais compactos, tendo dispositivos com poucos milímetros de espessura. Isso é importante pois permite a fabricação de ultrabooks finíssimos, como é o caso do MacBook Air da Apple.
As desvantagens dos SSDs ainda são os preços e a capacidade de armazenamento. Para ilustrar, um HD de 1TB custa, no máximo, R$350,00, enquanto um SSD com a mesma capacidade gira em torno de R$1.200,00. A explicação é simples, o custo no desenvolvimento do sistema dos SSD é muito maior do que dos HDs.
Quanto tempo dura?
A vida útil de um SSD é limitada de acordo com a quantidade de ciclos de gravação. Isso significa que, quanto mais dados por célula forem salvos, maior o nível de desgaste do equipamento. De acordo com a Ontrack, a vida útil média de um SSD é entre 3 mil e 10 mil ciclos de gravação.
Uma questão importante do SSD é que ele, diferentemente do HD, não se desgasta ao ler os arquivos, apenas quando há a gravação dos mesmos.
Geralmente, os modelos de SSDs vêm de fábrica com uma estimativa de gravação que o dispositivo suporta. Isso porque um fator que influencia bastante é o “Wear-Leveling”, uma tecnologia de distribuição de uso que evita que a memória flash do SSD seja utilizada muitas vezes. Então, quando um arquivo é criado ou alterado o controlador automaticamente escolhe uma parte menos utilizada da memória para que aquele arquivo seja gravado.
Como calcular a vida útil do SSD?
Existe uma maneira de calcular a vida útil de um SSD e iremos fazê-lo com o auxílio de uma fórmula disponibilizada pelo compuRAM.
O que precisa ser feito é multiplicar os ciclos de gravação que o mesmo suporta com a capacidade do drive. Vale lembrar que a capacidade do drive irá diferenciar de modelo para modelo. Em seguida, iremos multiplicar o fator do SSD pela quantidade de dados que serão gravados por ano. O fator do SSD especifica a taxa da quantidade real de dados para os dados reais gravados, geralmente usa-se um número alto como 5. Em relação a quantidade de dados gravados por ano, quando não há uma estimativa, aconselhamos usar entre 1.500 e 2.000GB. Finalizando, precisamos dividir o produto da primeira multiplicação pelo da segunda e teremos a duração do SSD.
Veja a fórmula abaixo:
Peguemos o exemplo utilizado pela compuRAM. O Samsung 850 PRO suporta 3 mil ciclos de gravação e tem a capacidade entre 512GB a 2TB. Iremos utilizar aqui o modelo com 1TB. Em seguida, utilizaremos o fator de SSD 5 e colocaremos como base média 1750GB de gravação por ano. Veja a conta abaixo e qual a vida útil do modelo que estamos utilizando como exemplo.
Temos então um total de 343 anos de vida útil do Samsung 850 PRO com capacidade de 1TB. Que tal isso? Claro, isso não é uma garantia que o SSD irá durar os 343 anos, mas uma boa previsão.
Entretanto, caso tenha perdido dados e precise recuperar dados do SSD, a melhor alterativa é entrar em contato com uma empresa especializada em recuperação de dados. A HD Doctor, por exemplo, é referência no segmento e conta com mais de 105.000 casos solucionados em todo o Brasil. Além de 95% de sucesso em todos os casos recebidos.
Fontes: Ontrack, CompuRAM e Tecnoblog